Notícias

O presidente da Câmara Municipal de Vitória, Fabrício Gandini (MD), assinou na tarde desta sexta-feira (10) o abaixo-assinado em prol da fundação da Rede Sustentabilidade, partido que pode abrigar a candidatura da ex-ministra Marina Silva à Presidência da República em 2014. Assim, o vereador se junta aos cerca de 17 mil capixabas que já assinaram a lista – a meta da Rede no Estado são 30 mil assinaturas. No país inteiro, o partido já reúne cerca de 300 mil assinaturas, de um total de 550 mil necessárias para que possa ser oficialmente registrado na Justiça Eleitoral.

 

Manifestando seu apoio à criação do partido de Marina, Gandini atendeu a um pedido de Gustavo de Biase, candidato a prefeito de Vitória pelo PSol no ano passado e agora um dos articuladores da coleta de assinaturas para a fundação da Rede no Estado. Os dois se reuniram no gabinete de Gandini na tarde desta sexta-feira.

 

Para Gandini, a manifestação de solidariedade à Rede Sustentabilidade é coerente com a linha programática de seu próprio partido, a Mobilização Democrática (MD), recém-fundada a partir da fusão do PMN com o PPS (este último, partido de origem do vereador).

 

“Estou solidário ao movimento da Marina. A MD surgiu justamente a partir do entendimento de que, nas eleições presidenciais do ano que vem, é preciso romper com a polarização que se tem observado nos últimos tempos, entre PT e PSDB”, afirma Gandini.

 

Segundo ele, em nome da ampliação do debate democrático sobre aquilo que é melhor para o país, é imprescindível que outras candidaturas possam se apresentar como alternativas. “No debate da sucessão do Planalto, é importante haver outras vias além dessas que temos visto há tempos e que já dão claros sinais de esgotamento.”

 

Já De Biase recebeu com alegria o apoio de Gandini: “A Rede representa a renovação na política brasileira. Para que isso aconteça, é fundamental que se viabilize a candidatura de Marina. Por isso, sempre recebemos com alegria o apoio de parlamentares de outros partidos, demonstrando também entenderem a importância dessa renovação.”

 

 

 

Pela legislação eleitoral em vigor, a maior parte desses dois “capitais políticos” é distribuída entre os partidos de modo diretamente proporcional ao tamanho das respectivas bancadas. Ou seja, partidos com maiores bancadas recebem mais dinheiro e mais tempo de TV; em contrapartida, um partido recém-criado – portanto ainda sem parlamentares eleitos pela própria sigla – fica condenado a subsistir com a cota mínima de tempo de TV e do fundo partidário, o que, na prática, inviabiliza a criação de novas siglas.