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Psicopedagogas pedem apoio da CMV para regulamentar profissão em Vitória

Quarta-feira, 24 de Abril de 2013

Psicopedagogas pedem apoio da CMV para regulamentar profissão em Vitória

Quais são as causas dos problemas de aprendizagem de um aluno? Como essas dificuldades podem ser identificadas e superadas? Perguntas como essas fazem parte da rotina de trabalho dos psicopedagogos, profissão que, embora tenha importância crescente nos espaços educacionais, ainda não é oficialmente regulamentada. Em busca justamente de apoio para essa regulamentação, representantes da Associação Brasileira de Psicopedagogia – Núcleo Espírito Santo se reuniram na tarde dessa terça-feira (23) com o presidente da Câmara de Vitória, vereador Fabrício Gandini (MD).

 
A causa foi abraçada pelo presidente, que pretende apresentar projeto de lei com vistas ao reconhecimento da atuação dos psicopedagogos nas unidades de ensino da rede municipal. O projeto será elaborado a partir de minuta entregue a Gandini pelas profissionais da área.

No Congresso Nacional, já tramita projeto que dispõe sobre a regulamentação do exercício da atividade de Psicopedagogia. Proposta pela ex-deputada federal Raquel Teixeira (PSDB-GO), a matéria já foi aprovada na Câmara dos Deputados e agora aguarda votação no Senado.

 
Segundo a coordenadora da Associação Nacional de Psicopedagogia no Espírito Santo, Maria das Graças von Krüger Pimentel, a bandeira da categoria é o reconhecimento da profissão. “O que queremos é a oficialização de algo que já existe. Já existem psicopedagogos atuando nas escolas da rede municipal, mas sob outra função, como orientadores ou pedagogos”, relata.
 
A partir da regulamentação, completa a coordenadora, não seria necessário que cada escola contasse com um psicopedagogo em seus quadros. “O que gostaríamos é que esse profissional começasse a aparecer na estrutura da Secretaria Municipal de Educação em diversos pontos. O mesmo profissional poderia atuar em várias escolas, inclusive ajudando a formular políticas públicas específicas que atendessem a toda a rede.”
 
No entendimento de Maria das Graças, outra consequência da regulamentação seria a multiplicação no país dos cursos de graduação específicos em Psicopedagogia – hoje existem pouquíssimos (nenhum no Espírito Santo) e, pelo caráter transdisciplinar da atividade, os educadores que a exercem vêm de diversas áreas afins, como Psicologia, Pedagogia, Fonoaudiologia e Licenciatura em várias disciplinas.
 
Hoje, no Estado, cerca de 150 profissionais fazem parte da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Na reunião com Gandini, a entidade esteve representada por Lúcia Maria Godoy, Solange Pianezzola e Rosa Maria de Sales Barros (foto).
 
SAIBA MAIS: O que faz um psicopedagogo?
 
“O papel do psicopedagogo é diagnosticar as eventuais dificuldades de aprendizagem do estudante e encaminhá-lo para o profissional que poderá melhor ajudá-lo a superar o problema. Trabalhamos com a aprendizagem em diversos âmbitos, não só em escolas, mas dentro da educação como um todo. Buscamos identificar os obstáculos que atravancam o processo de aprendizagem. Por exemplo, por que algumas crianças que concluem o ensino fundamental têm dificuldades de leitura? Então, buscamos descobrir quis são as causas dessas dificuldades. Muitas vezes elas têm dimensão física, mas existem outras implicações emocionais e até relativas aos métodos de ‘ensinagem’. Muitas vezes as intervenções que precisamos fazer não são com a criança, mas com os próprios pais e educadores.”
 

(Maria das Graças von Krüger Pimentel, coordenadora da Associação Nacional de Psicopedagogia no Espírito Santo)



Autor: Vitor Vogas

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