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     A crise na saúde pública foi discutida ontem (14/04/11) durante a Audiência Pública proposta pelo vereador da Capital Fabrício Gandini (PPS). Um dos pedidos dos moradores foi que a Unidade de Saúde funcione nos finais de semana.

     Compuseram à mesa, além do proponente, a diretora da Unidade de Saúde, Cátia Cristina Vieira Lisboa, a vereadora Neuzinha de Oliveira e a gerente de atenção à saúde da Prefeitura de Vitória (PMV), Sônia Balestreiro que iniciou a Audiência apresentando dados de 2010 e 2011.

     Iara, uma moradora do bairro e médica, disse que a Unidade de Saúde tem os problemas pontuais, mas que no geral o atendimento é muito bom.

     Já Marinete moradora há 26 anos desabafou dizendo que um dia antes havia procurado atendimento é acabou desmaiando por falta de atenção. “Fui socorrida e somente mais tarde tomei soro. Estou há muito tempo procurando uma medicação que está em falta. É um absurdo”, disse.

     Cátia, diretora da Unidade afirmou que todos os pacientes são encaminhados ou atendimentos em Jardim Camburi. “Ninguém é mandado para casa passando mal”, disse.

     A diretora da Unidade de Saúde, Cátia Lisboa disse ainda que um dos problemas encontrados no momento é o atendimento à população flutuante.

     “A maioria dos casos são de urgência. É necessário que os pacientes entendam que existe diferença entre atendimento de urgência, que é feito no Pronto Atendimento, como é o caso de doenças como infarto e até mesmo parto. Já a Unidade de Saúde é feita para atender consultas de rotina como febre, gripe, suspeita de dengue”, disse.

     O pedido para que o local funcione nos finais de semana não foi descartado. Outra solicitação foi de que o Programa da Saúde da Família faça parte da estratégia no território. “Estamos analisando a possibilidade da abertura nos finais de semana, mas acreditamos que ainda não exista demanda suficiente”, afirmou Sônia.

     Gandini contou que todas as solicitações serão documentadas e encaminhadas para a PMV. “Vamos continuar fiscalizando e solicitando melhorias. Sei que a Unidade de Saúde já está defasada uma vez que o número de moradores do bairro aumentou absurdamente devido ao boom do crescimento das construções civis. É necessário que seja ampliado os serviços oferecidos”, disse.