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Câmara realiza AP sobre violência em Vitória

Quarta-feira, 26 de Maio de 2010

Câmara realiza AP sobre violência em Vitória

     A Câmara Municipal de Vitória (CMV) realizou, nesta terça-feira (25/05), às 18h30min, no Plenário, uma Audiência Pública (AP) com o tema "A Violência no Município de Vitória". O proponente da AP foi o Vereador Fabrício Gandini (PPS), que é o novo membro do Conselho de Segurança Municipal.

     Participaram do debate, na Mesa de Honra, ao lado do Vereador Gandini, a Sub-Secretária de Integração Institucional da Secretaria Estadual de Segurança (Sesp) Magda Lamborghini; o Secretário Municipal de Segurança Urbana João José Serra; O Tenente-Coronel Andrey, comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar do Espírito Santo (PM-ES); a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindsmuvi), Verônica Grilo e o Capitão Pazeto, do Corpo de Bombeiros.

     O Vereador Fabrício Gandini afirmou, no início da Audiência, que decidiu promover o evento para avaliar a questão da Segurança no Município de Vitória, ouvindo as várias partes envolvidas em busca de soluções. Os primeiros dados foram apresentados pela Sub-Secretária de Integração Institucional da Secretaria Estadual de Segurança (Sesp) Magda Lamborghini.

     Ela fez um levantamento dos índices de violência no Estado e na Capital, e relacionou as inúmeras ações desenvolvidas pela Sesp para o enfrentamento do problema, desde ações educativas e preventivas ao esforço para reduzir o número de homicídios, o índice de crimes contra o patrimônio, e o tráfico de drogas.

     Homicídios - Segundo Lamborghini, o índice de homicídios do Estado em 2009 foi de 509, e em 2010 0 índice divulgado em maio já atinge 555. Ela fez um perfil das vítimas. "Eles costumam ser do sexo masculino, ter entre 15 e 24 anos, ter baixas condições socioeconômicas e envolvimento com o tráfico".

     O Tenente-Coronel Andrey, comandante do 1º Batalhão da PM-ES, afirmou que a instituição passa uma nova fase, com salários em dia, com a inclusão de 700 novos policiais e a previsão de concurso público para mais mil novas contratações.

     Ele também falou do Projeto Território de Paz, que investe no retorno da polícia comunitária como medida de enfrentamento do crime.

     A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindsmuvi), Verônica Grilo, fez severas críticas à questão do papel da Guarda Municipal de Vitória, e listou vários questionamentos. "Estamos debatendo esse tema desde 2005 e há muito por ser feito. É preciso uma participação efetiva da Guarda e seus agentes neste debate, e isso não está acontecendo".

     O Secretário Municipal de Segurança Urbana João José Serra falou que o papel principal da Guarda Civil comunitária é preventivo e de parceria com a PM em ação conjuntas, como por exemplo, o programa de trânsito Madrugada Viva. "Reconhecemos que há muitas melhorias a serem feitas, mas estamos agindo dentro das nossas possibilidades. Estamos dispostos a manter o diálogo".
Cobranças – O primeiro debate sobre a violência na Capital foi centralizado sobre a questão específica da Guarda Municipal, que atravessa uma série de problemas.

     O Secretário João José garantiu que estão em andamento medidas para melhorar esse quadro. Ele também sugeriu que queixas específicas sejam encaminhadas formalmente ao órgão para que as medidas cabíveis sejam tomadas.

     A maioria das cobranças diz respeito ao plano de cargos da categoria e a defasagem de equipamentos, como veículos (carros, motos e bicicletas), e até a falta de uniformes. Problemas cujas soluções então sendo encaminhadas pelo Executivo Municipal.

     Encerrando o evento, o Vereador Fabrício Gandini disse que o debate foi abrangente e produtivo, e se propôs a manter um canal aberto entre as partes envolvidas. "Quem tiver queixas pode encaminhar para nós, que estaremos cobrando as devidas providências", disse ele, encerrando a Audiência Pública.

 






Autor: Departamento de Comunicação da CMV

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