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     O problema dos moradores de rua em Vitória anda incomodando as pessoas que residem no maior bairro da cidade, Jardim Camburi. Desempregados, viciados em drogas, migrantes ou simplesmente ’sem teto’ adotam as ruas como moradia.

A população está irritada com este fato cada vez mais recorrente.


     Em Jardim Camburi, um dos locais escolhidos por eles é a Praça Miguel Arcanjo, conhecida como a Pracinha da Bocha. Ali pessoas se instalaram e fizeram do local a sua moradia, literalmente, com direito a colchão e roupa de cama. Segundo moradores do bairro, os mendigos deixam as coisas todas na praça o tempo inteiro, como se ela fosse a casa deles.


     “Tem até morador de rua que guarda o lixo que recolhe na própria praça. O lixo fica no meio do local, por onde as pessoas passam, até que seja vendido para um carroceiro. É uma situação muito desconfortável para gente ter que conviver com lixo e sujeira na praça”, disse um morador do bairro, que preferiu não se identificar por medo de represarias.


     Outros moradores da região relatam que nesta mesma praça, a Pracinha da Bocha, tem um morador fixo, conhecido como Baiano, que escolheu o local para morar. Além dele, outros mendigos passam alguns dias na praça, seja para dormir, seja para pedir dinheiro e comida às pessoas ao redor da praça.


      Quando chove, os indigentes saem da praça e procuram lugares cobertos, como as marquises dos prédios próximos dela. O local fede, sendo extremamente desagradável para quem passa, além de prejudicar os comércios nos arredores da pracinha. "Como os mendigos defecam na nossa calçada, é difícil de limpar totalmente, sempre fica um cheiro desagradável que afasta alguns de nossos clientes", explica um dos comerciantes da região.


     A polícia já foi acionada pelos moradores, mas os policiais alegaram que não podem fazer nada, uma vez que os mendigos do local não estão praticando crime. Os moradores do bairro pedem que algo seja feito.


    O vereador Fabrício Gandini (PPS) já protocolou vários pedidos à Prefeitura Municipal de Vitória (PMV) para que o problema seja resolvido. E também foi à Regional, que administra o bairro, pedir a reforma da praça urgente. “Já que a Prefeitura oferece espaços adequados para pessoas que enfrentam essas dificuldades, pode-se exigir uma ação mais energética para que estes espaços públicos de lazer, que já são poucos, não sejam utilizados de forma inadequada”, disse Gandini.