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Abandono de animais domésticos em pauta

Sexta-feira, 09 de Outubro de 2009

Abandono de animais domésticos em pauta

Animais na rua maltratados e doentes. Essas são cenas que a população de Vitória encontra com freqüência. É uma realidade triste, mas que, infelizmente, faz parte do cotidiano urbano.
Visando buscar alternativas para melhorar a situação dos animais na Cidade, o vereador Fabrício Gandini (PPS), realizou ontem (08/10/2009), no auditório da Faculdade Faesa, São Pedro, a Audiência Pública: Proteção Animal no Município de Vitória.
Compuseram a Mesa de Honra: o vereador Fabrício Gandini, a sub-secretária de Atenção em Saúde; Dra. Rosane Ernestina Mageste, o secretário Municipal de Meio Ambiente; Roberto Valentin, presidente do Conselho Regional de Veterinária; Silvio Queiroz, representante do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ); Antônio Marcos Galimberti, a coordenadora do curso de Ciências Biológicas da Faesa Kelly Fabiane Santos e a presidente da Sociedade Protetora dos Animais do Espírito Santo (Sopaes); Virgínia Soares Brandão.    
A audiência foi aberta pelo vereador Gandini que ressaltou a importância de se levar o debate público de questões como esta para outros locais além do Plenário da Câmara. “Este é um momento democrático, onde todos têm direito a voz. É necessário discutir todo o tipo de violência. O objetivo é que se crie a consciência dos homens e da sociedade a respeito de nosso meio ambiente e de todos os elementos que o compõe”, disse.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente, este tema é importante, porém, pouco debatido. Ele aproveitou para falar sobre o roubo de animais dentro dos parques da Cidade. “Muitas vezes eles são furtados e vítimas de maus tratos”, disse.

A sub-secretária de Saúde de Vitória, Rosane Mageste, disse que existe uma preocupação com a situação dos animais de rua, mesmo com as limitações orçamentárias do Município. “Estamos trabalhando para buscar soluções”.

O presidente do Conselho Regional de Veterinária, Silvio Queiroz, contou que fica feliz quando encontra homens que abraçam a causa dos animais. Ele apontou o controle da natalidade e os programas de adoção como caminhos que podem resolver o abandono e o mau trato sofrido pelos animais.

“Nenhum animal gosta de ser maltratado. Eles são sentimentais e merecem carinho”, contou.

Antônio Marcos Galimberti, do CCZ, concordou que a adoção responsável deve ser a meta. Ele acredita que tem que haver um equilíbrio entre as atribuições de controle de zoonoses e o zelo pelo bem-estar do animal. "Temos nos reunido com as associações de bairro, buscando promover a adoção responsável e esclarecendo dúvidas. Também temos feito um grande esforço para que todo o animal que saia do CCZ seja esterilizado", conta o veterinário.

Ele acrescentou ainda que o Poder Executivo está estudando a possibilidade de criar um Táxi-Dog. “Muitas pessoas não têm dinheiro para levar os animais para serem castrados. Estamos querendo criar um mecanismo que possibilitará o transporte gratuito”, disse.

A presidente da SOPAES, Virgínia Soares Brandão, lembrou que o Brasil tem uma das maiores populações de cães e gatos do mundo. "Muitos animais são abandonados porque o dono se cansou dele, ou porque tiveram filhotes e o dono não tem como criá-los. A posse responsável é quando a pessoa assume a obrigação de dar comida, abrigo e atenção ao animal", disse.

Ela lembrou que o animal é visto como um objeto que pode ser jogado fora e não como um ser vivo. A resposta para a redução do número de animais abandonados, para ela, é o controle da população de cães e gatos a baixo custo, além de vacinação e educação ambiental. "É mais barato esterilizar do que matar”.
 

Vale lembrar, que na legislação atual “maltratar animais”, domésticos ou selvagens, caracteriza-se crime ecológico, conforme art.32 da Lei 9.605, com detenção de três meses a um ano, e multa.

 



Autor: Aneph Reis, Assessoria de Comunicação

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