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Na ocasião, Fabrício Gandini (PPS) foi homenageado pela equipe da Cristolândia, com a entrega de uma placa, em reconhecimento ao apoio que o vereador tem prestado a esse importante projeto mantido pela Igreja Batista. Com apenas um ano de trabalho, a Cristolândia já vem conquistando grandes vitórias no resgate de seres humanos entregues ao vício do craque.

 

Em agosto, Gandini já havia visitado a sede da Cristolândia para conhecer melhor o trabalho ali desenvolvido e, em setembro, também prestou homenagem à gerente regional do projeto no Espírito Santo, Fabiola Molulo, com a entrega da Comenda Zilda Arns, no aniversário da cidade de Vitória.

 

Fabíola define a Cristolândia como “uma mão amiga estendida para ajudar os dependentes do craque, oferecendo apoio psicológico e espiritual gratuito”. Ao discursar ela explicou por que o projeto precisa de parceiros no poder público e na sociedade civil que possam garantir a sua sustentabilidade.

 

“Mais de 200 homens passaram por esta casa nestes 12 meses. Hoje, são 52. Mas para nós isso ainda é pouco. Queremos fazer mais. Todos os dias, temos gente batendo à nossa porta, ansiando por uma vaga, mas estamos lotados e os nossos recursos são mínimos. Nosso desejo é que tenhamos mais estrutura para que outros cheguem e sejam ressocializados, retornem à sociedade com dignidade. Para isso, precisamos de apoio financeiro.”

 

Também à frente do projeto no Estado, o Pastor Josias resumiu assim a missão assumida por ele e seus companheiros: “O craque é um gigante. Mas, como Davi, somos especialistas em derrubar gigantes.”

  

 

 

“Sou da Serra. Aos 14 anos, comecei a praticar assaltos. Entrei para o tráfico, vivi o outro lado da moeda. Fui preso várias vezes, quando a Unip (Unidade de Internação Provisória de menores infratores) ainda ficava em Maruípe, e depois muitas outras vezes em prisões de adultos. Virei morador de rua.

 

 

Durante dois anos, fiquei indo para cá e para lá, sem ter para onde ir, aqui pelas ruas do Centro e perto do Terminal de Vila Velha. Queria sair com todas as forças, só que não conseguia. Foi aí que comecei a aparecer na Cristolândia uma vez por dia, para tomar banho, e fui fazendo amizades. Uma vez, perguntei a um amigo meu, um dos voluntários, o que é que ele ganhava para fazer aquilo. Ele me disse: ‘Meu maior pagamento é te ver bem’. Foi aí que passei a entender o que é o projeto. Hoje, estou aqui há oito meses, e Deus tem feito coisas maravilhosas para mim.”

 

 

 

. Expandir a sede do projeto, ocupando mais um andar no mesmo edifício. Isso permitirá à Cristolândia abrir mais 20 vagas, que serão reservadas àqueles que estão há mais tempo internados e já passaram pelos demais estágios de recuperação. “Essa será a terceira etapa do nosso processo de reabilitação. Morando aqui no Centro, eles ficarão mais próximos a oportunidades de estudos e estágios profissionais”, explica Fabiola.

 

 

. Ampliar para 100 o número de vagas disponíveis nas dependências da Cristolândia – Vitória.

 

. Inaugurar um espaço para o atendimento a mulheres (hoje, apenas homens podem ser internados).

 

. Implantar um projeto também voltado para a prevenção contra as drogas.

 

 

 

. Mais de 200 homens passaram pela Cristolândia – Vitória, neste primeiro ano de funcionamento.

 

. 52 vagas para internação são oferecidas hoje pela Cristolândia, divididas entre a sede no Centro (primeira etapa da recuperação) e um sítio em Marataízes (segunda etapa). Todas se encontram preenchidas.

 

. 700 alunos tem a Cristolândia em todo o Brasil. O projeto também funciona em outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco.

 

. Mais de 3 mil banhos e mais de 3 mil cafés da manhã já foram oferecidos pela Cristolândia desde a sua fundação, em novembro do ano passado.