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PPS pode expulsar prefeito de Guarapari

Quinta-feira, 26 de Maio de 2011

PPS pode expulsar prefeito de Guarapari

 
     A demissão de 20 professores em Designação Temporária (DT) que participaram de um movimento de greve pode render ao prefeito de Guarapari, Edson Magalhães, a expulsão do Partido Popular Socialista (PPS). O vice-presidente estadual do PPS, o vereador de Vitória Fabrício Gandini, entrou com uma representação contra o prefeito na manhã de ontem. O processo de filiação ao partido aconteceu entre 2007 e 2008, segundo a assessoria da prefeitura.

     Gandini argumenta que a demissão dos professores vai contra todo o princípio do partido, que "se deu na militância da base operária", de acordo com texto da representação.

     "A atitude mais intolerante de todos os municípios que tiveram greve foi a dele. Isso vai contra tudo o que nós (partido) acreditamos e pode influenciar negativamente a nossa história", defende o vereador. Ele disse que foi procurado pelos professores e que tentou interceder junto ao prefeito, mas não obteve retorno.

    Além disso, o prefeito é considerado uma pessoa de difícil acesso dentro do partido, segundo Gandini, que também é vice-presidente Nacional do Conselho de Ética do PPS. "No início, na época das eleições, era uma pessoa solícita. Hoje a gente tem muita dificuldade de contato com ele. O Edson não existe no partido. Boa parte do partido não reconheceria o Edson se ele aparecesse em alguma reunião."

    Sobre a possibilidade de a Prefeitura de Guarapari deixar de ser do PPS, Gandini respondeu que o partido não trabalha somente com a lógica eleitoral.

    Na representação, Gandini solicita que a prefeitura readmita os 20 professores e forme uma comissão para negociar o salário dos educadores. Caso isso não seja atendido em 15 dias, ele pede a expulsão de Magalhães do partido.

     Uma comissão será formada hoje para decidir se a representação será levada à frente, definir o presidente dessa comissão e em quanto tempo o prefeito poderá apresentar
defesa.
 
Contrato

A Prefeitura de Guarapari rescindiu o contrato de 20 professores DTs na última    quinta-feira, por continuarem em greve, mesmo após determinação do Tribunal de Justiça do Estado (TJES) para que retornassem aos trabalhos desde o início do mês. Dos professores efetivos, 12 tiveram como punição o cancelamento da Carga Horária Especial Extra. A prefeitura argumenta que já concedeu aumento de 6,3% a 8,5% aos professores. Os profissionais que continuam em greve pedem equiparação salarial com o piso nacional, de R$ 998, para 25h/semana.



Autor: Jornal A Gazeta

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