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A greve da educação no município de Vitória durou 54 dias. Durante a paralisação, o presidente da Comissão de Educação de Vitória, vereador Fabrício Gandini (PPS), por várias vezes buscou contato com a secretária Vânia Carvalho Araújo, porém todas as tentativas foram em vão. Nesta sexta-feira, dia 20, às 17h, no plenário da Câmara Municipal de Vitória (CMV), após o parlamentar entrar com uma ação no Ministério Público por crime de responsabilidade, a secretária comparecerá ao Legislativo.
 No mês de abril, o vereador convidou a secretária para participar da Audiência Pública que discutiu a situação da Educação em Vitória. No entanto, ela não compareceu e, sequer, enviou um representante da Secretaria de Educação (SEME). Os profissionais da educação que compareceram ficaram indignados, uma vez que lotaram o plenário aguardando a sua presença. Logo após a referida audiência, Gandini fez um requerimento de plenário convocando a secretária municipal de educação para comparecer à CMV ainda no mês de abril. Como não foi atendido no prazo estipulado previsto em lei, entrou com ação no Ministério Público por crime de responsabilidade. A intenção da convocação é para que a secretária preste esclarecimentos referentes à atual situação da educação em Vitória, e quais medidas que estão sendo tomadas pela Administração Municipal. Lembrando ainda que, esta foi a mais longa greve do magistério registrado na história do Município. “A greve acabou, porém, precisamos saber da Administração Municipal qual a real situação da educação em Vitória. Muitos professores estão insatisfeitos e reclamam das péssimas condições de trabalho. Eu, como presidente da Comissão de Educação visitei juntamente com representantes do SINDIUPES, SINDSMUVI, COMEV, CAE, CPV, inclusive a SEME, onde constatamos e registramos através de relatórios que as estruturas das unidades de ensino se encontram em condições ruins ou até mesmo colocando em risco a vida de nossas crianças. Como exemplo o desabamento do teto do pátio do CMEI Padre Giovani Bartesaghi. Agora, é a vez da secretária explicar o silêncio da Prefeitura Municipal de Vitória durante a greve e, o que será feito em favor das escolas daqui para frente”, finalizou o vereador.