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Reivindicações para melhoria da qualidade de ensino em Vitória

Sexta-feira, 20 de Novembro de 2009

Reivindicações para melhoria da qualidade de ensino em Vitória

Mais policiamento, melhores condições físicas das escolas e acompanhamento da Prefeitura de Vitória. Essas foram algumas das reivindicações dos participantes da Audiência Pública: “Qualidade da Educação do bairro Resistência”.


O evento, que aconteceu ontem (19/11), na EMEF Rita de Cássia de Oliveira, às 19 horas, contou com a participação do presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Vitória (CMV), Fabrício Gandini (PPS), presidente do Movimento Comunitário de Resistência, José de Souza (Tilé), a subsecretária de educação da Secretaria Municipal de Vitória (SEME), Carmem Lúcia, o diretor do CMEI Anísio Spíndula Teixeira, Agberto Oliveira, representante dos Conselhos das Unidades de Ensino do bairro, Sebastião Ribeiro Nunes e o representante dos diretores das unidades de ensino do bairro, Janine de Lacerda Benevides.



“Este espaço é para as ouvirmos as demandas, reclamações e solicitações dos pais. É importante para que os problemas sejam apresentados e solucionados futuramente. Tenho realizado visita às escolas e CMEIs de Vitória e notei que ainda é necessária muitas realizações para que possamos ter uma educação de qualidade na Capital”, disse Gandini.


O diretor do CMEI Anísio Spíndula Teixeira, Agberto Oliveira, parabenizou a iniciativa do vereador Fabrício e pediu para que o espaço para o diálogo faça parte de uma rotina a ser criada para se tratar do tema educação. “Precisamos fazer com que os representantes da PMV estejam presentes. Eles precisam acompanhar a situação da educação”, disse.

Janine de Lacerda, diretora da EMEF Rita de Cássia, relatou os três principais itens que tem gerado dificuldade para aprendizagem dos alunos. São eles: alto índice de reprovação; falta de envolvimento dos pais na educação de seus filhos e as instalações inadequadas.



“Recebemos alunos que não trazem nem caderno para dentro das salas de aula. Outra preocupação é quanto a depredação da escola. Quando detectamos o aluno responsável chamamos o responsável que, muitas vezes, nada fazem para solucionar o problema”, desabafou.

A falta de policiamento no arredor das escolas também foi ponto de destaque na Audiência Pública. Algumas mães relataram o problema entre lágrimas, dizendo que é corriqueiro ver brigas no portão de entrada da escola diariamente.

Uma mãe disse que o medo da violência a obrigou a tirar sua filha da escola. “Tive que colocá-la em uma instituição particular, mesmo tendo dificuldades para pagar. Mas, quero que ela tenha um futuro e sei que dentro das salas de aula do EMEF Rita de Cássia isso não será possível”, relatou.




A subsecretária de Educação Carmem Lúcia foi bastante criticada, pois, além da falta de comprometimento da SEME para com a educação, segundo os presentes, chegou atrasada na Audiência Pública devido a uma outra agenda nada relacionada à educação.

Em sua fala, ela destacou que o prefeito João Coser já informou que para o ano de 2010, 10 escolas serão construídas. Pediu para que as pessoas tivessem paciência, pois o momento é de crise. “Como qualquer família que tem um orçamento e tem que sobreviver com ele, selecionando as prioridades, assim funciona a SEME”, concluiu.




De acordo com o vereador Gandini, dando continuidade aos trabalhos da Comissão de Educação, no próximo dia 01 de dezembro, às 13 horas, no Plenário da CMV, será realizada a Audiência Pública: “O Papel do Auxiliar de Berçário no Universo da Educação Infantil”.





Autor: Aneph Reis, Assessoria de Comunicação

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